A América Latina e o Caribe outra vez entre os 10 primeiros
A maioria dos países asiáticos demonstram melhorias significativas na classificação geral, enquanto que os países do Oriente Médio e do Norte da África ficam com a menor pontuação geral
(Caracas, 2 de outubro de 2013)- O ambiente global de negócios das microfinanças melhorou no último ano como demonstrou o Ranking 2013 do Microscópio Global, elaborado pelaThe Economist Intelligence Unit(EIU). A maioria dos países melhorou sua pontuação em comparação com aqueles que pioraram: dos 55 países incluídos no índice de 2013, 30 melhoraram suas pontuações gerais, 19 pioraram e seis permaneceram iguais.
A maioria das melhorias deste ano se observa no Quadro Institucional de Apoio para as microfinanças, enquanto que os resultados do Quadro Regulatório e de Práticas mostraram uma queda geral. O aumento das atividades de proteção ao cliente, a expansão domobile bankinge o crescimento das agências de crédito incentivaram a melhoria, com a Bósnia e Herzegovina e o Paquistão unindo-se aos melhores desempenhos nesta categoria. No entanto, um quinto dos países nesta análise ainda não tem uma agência de crédito em funcionamento.
A região América Latina e o Caribe (ALC) liderou o ranking ao obter a melhor pontuação regional. Além disso, os países da ALC obtiveram a metade das posições entre os 10 primeiros colocados a nível mundial. Os países asiáticos apresentaram melhorias significativas na classificação geral devido a mudanças realizadas em suas estruturas institucionais, lideradas por melhores sistemas de resolução de litígios e às melhorias de suas agências de crédito em comparação aos demais. Apesar de que os quatro países da região do Norte da África e do Oriente Médio mostraram ligeiras melhoras, a região terminou com a menor pontuação total e as notas mais baixas nas três categorias.
Ao cumprir seu sexto ano no topo da classificação do Microscópio Global, o Peru manteve o primeiro lugar ao demonstrar um ambiente regulatório bem-equipado, um mercado competitivo e inovador, e liderança na adoção e cumprimento de medidas de proteção ao cliente. Normas internacionais de relatórios financeiros foram colocadas em prática e o regulador bancário supervisiona quase toda a carteira de créditos de microfinanças. Uma recente lei que regulamenta o dinheiro eletrônico criou uma nova classe de companhias para a transação de serviços que abre oportunidades para ampliar os serviços financeiros em plataformas eletrônicas.
Quênia e Uganda foram os únicos países da África Subsaariana que chegaram à lista dos 10 melhores desempenhos deste ano. Quênia manteve sua quinta posição, mas registrou uma menor pontuação geral em 2013, devido à falta de supervisão da poupança obrigatória em instituições de microfinanças que não são regulamentadas. Uganda avançou seis posições e chegou ao oitavo lugar, alcançando El Salvador, com uma pontuação amparada por um ambiente macroeconômico e político favorável para as microfinanças.
Também este ano, o Azerbaijão subiu 18 posições no ranking. A pontuação do Azerbaijão foi a que mais aumentou, subindo 14 pontos com as melhorias na transparência dos preços, resolução de disputas, uso de agências de crédito e transações financeiras realizadas por agentes, obtendo a 15ª colocação contra a 33ª do ano passado. As melhorias na transparência de preços, as transações financeiras através de agentes e a capacidade regulatória na República Dominicana fizeram possível que se colocasse entre os 10 primeiros colocados.
Pontos de destaques por país:
- Os cinco primeiros países no Microscópio Global 2013 são Peru, Bolívia, Paquistão, Filipinas e Quênia.
- Os novos países entre os 10 primeiros classificados são República Dominicana e Uganda, enquanto a Nicarágua chega aos 15 primeiros.
- Melhorias das agências de crédito contribuíram para a ascensão contínua do Camboja. Depois de figurar entre os 10 primeiros no ano passado, o país subiu mais duas posições este ano para alcançar o número seis, logo atrás do Quênia.
- A Índia chegou ao 16º lugar ao melhor significativamente seu desempenho no ranking. Com exceção da província Andhra Pradesh, o país superou os efeitos da crise das microfinanças de outubro de 2010. As instituições financeiras indianas têm apresentado progressos significativos no estabelecimento de sistemas adequados de queixas e reparações.
- Equador, México e Quirguistão enfrentaram dificuldades em 2013.
O estudo examinou o setor das microfinanças dos países considerando as condições de funcionamento em ambiente regulados e não regulados na área das microfinanças. O estudo de 2013 usa o mesmo conjunto de indicadores e a metodologia do estudo de 2011; no entanto, neste ano, a EIU aumentou o número de consultas com as instituições de microfinanças, redes, reguladores, consultores e investidores a fim de reunir ideias adicionais de todas as partes interessadas. O estudo avalia os países em três categorias principais:
• Estrutura regulatória e práticas
• Estrutura institucional de apoio
• Estabilidade política
Como nos anos anteriores, a EIU completou entrevistas e conduziu pesquisas on-line para incorporar os pontos de vista de uma ampla comunidade de especialistas em microfinanças. Finalmente, o estudo Microscópio 2013 destacou a transição que o setor tem experimentado em seu caminho para alcançar a inclusão financeira, bem como o papel que o setor privado vai jogar na expansão da gama de produtos financeiros e de sua base de clientes.
O Microscópio Global 2013 é financiado pelo Fundo Multilateral de Investimentos (membro do Grupo do Banco Interamericano de Desenvolvimento), pelo CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina-, pelo Centro Para a Inclusão Financeira de Ação e pelo Citi Microfinance.
O Microscópio Global 2013 e seu modelo estão disponíveis gratuitamente no website da EIU: www.eiu.com/microscope2013, assim como no website dos financiadores, no caso do CAF: www.caf.com/es/mipyme