Analisam opções de financiamento para adaptação às mudanças

(Lima, 23 de outubro de 2013). - Especialistas de oito países da região analisaram ​​e compartilharam experiências sobre como contribuir para o fortalecimento das instituições governamentais e não governamentais na Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, para dimensionar as necessidades de financiamento e identificar as opções existentes associadas aos esforços nacionais de Adaptação às Mudanças Climáticas.

Foi no contexto da Oficina de Medidas e Projetos de Adaptação "Explorando Oportunidades de Financiamento", organizada pelo CAF  - banco de desenvolvimento da América Latina - e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

O evento foi inaugurado por Gabriel Quijandría, vice-ministro de Desenvolvimento Estratégico dos Recursos Naturais do Ministério do Meio Ambiente; Eleonora Silva, diretora representante do CAF no Peru; Ligia Castro, diretora de Meio Ambiente do CAF; e Mara Murillo, diretora regional adjunta do PNUMA.

Esta oficina, que reuniu atraiu funcionários, técnicos e representantes de órgãos multilaterais de cooperação e financiamento, é um esforço conjunto entre o CAF e o PNUMA para facilitar a abordagem prática entre os esforços de adaptação que realizam os principais atores do país e as necessidades, assim como possibilidades de financiamento. Para este fim, iniciou-se com um destaque subrregional na América do Sul, com o objetivo de replicar em breve a experiência no resto da região.

Os participantes compartilharam suas experiências, abordagens metodológicas e revisaram as análises da vulnerabilidade e adaptação às mudanças climáticas, e também revisaram os fluxos financeiros relacionados com a mitigação e adaptação, seja a nível local, nacional ou transnacional, e que podem ser obtidos a partir de fontes públicas, privadas ou alternativas de financiamento.

Programa de Adaptação

Como parte dessa oficina também se realizou o lançamento do Programa de Adaptação às Mudanças Climáticas do CAF, o qual tem como objetivo promover e apoiar processos planejados de adaptação a nível de políticas, planos, programas e projetos para orientar a construção do desenvolvimento sustentável em todos os países membros da América Latina e do Caribe.

Para a América Latina e o Caribe, os esforços de adaptação frente às mudanças climáticas são um dos principais desafios que os governos devem enfrentar a curto e médio prazos. Nesse sentido, espera-se que a implementação do quadro de políticas que os governos da região escolham, seja complementado com o apoio de órgãos internacionais, bancos de desenvolvimento e doadores.

A região tem avançado significativamente no denominado "financiamento climático", com base nos fluxos financeiros relacionados com a mitigação e adaptação, seja a nível local, nacional ou transnacional, e que pode ser obtido a partir de fontes públicas, privadas ou alternativas de financiamento.

O financiamento nível internacional, regional e nacional para a adaptação à mudança climática está aumentando, mas ainda é insuficiente para atender às necessidades estimadas. Atualmente, o financiamento de ações de mitigação prevalece sobre as atividades destinadas à adaptação.

No âmbito das atuais negociações internacionais, o "financiamento climático" cobre, em geral, todos os mecanismos e instituições existentes para promover e supervisionar a realização do compromisso coletivo adotado pelos países desenvolvidos para proporcionar novos e adicionais recursos financeiros para os países em desenvolvimento.