Apresenta-se estudo sobre desafios e oportunidades do setor energético na região
O estudo, patrocinado e financiado pelo CAF, inclui não apenas uma análise do equilíbrio entre oferta e demanda de energia, mas também contempla os elementos econômicos, sociais, ambientais e institucionais que permitem identificar áreas de ação para a construção de uma nova Agenda Energética para a América Latina e o Caribe.
(Montevidéu, 31 de outubro 31 de 2013). O CAF - banco de desenvolvimento da América Latina- e várias organizações regionais participaram na sede da ALADI, em Montevidéu, da apresentação do estudo "Energia: uma visão sobre os desafios e oportunidades na América Latina e no Caribe", primeira etapa do projeto "Relatório Energético Setorial: Rumo a uma Agenda Energética Compartilhada".
O relatório, patrocinado e financiado pelo CAF, é o resultado de um esforço conjunto de trabalho entre a Associação Latino-americana de Integração (ALADI), a Associação Regional de Empresas de Petróleo e Gás Natural na América Latina e no Caribe (ARPEL), a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a Comissão de Integração Energética Regional (CIER), a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Organização Latino-Americana de Energia (OLADE), o World Energy Council (WEC) e o CAF.
O responsável pela abertura da apresentação do relatório foi o secretário-geral da Associação Latino-americana de Integração (ALADI), Carlos Álvarez. "Esta é uma questão fundamental e estratégica para a região, e ter podido trabalhar em conjunto com os atores públicos e privados na região é um progresso bastante importante", disse Álvarez. "A elaboração de um diagnóstico da situação do setor na região é um fato substancial para poder avançar, assim, na integração energética na América Latina, já que a energia é muito importante para o desenvolvimento e contribui para o processo de integração".
Por sua vez, o vice-presidente de Energia do, Hamilton Moss, explicou as razões que levaram a instituição a patrocinar este relatório. "Somos um banco de financiamento, mas também de geração de conhecimento", declarou Moss, enfatizando a necessidade de pensar a longo prazo. "A energia não se improvisa, não é suficiente produzir energia, mas também a sociedade deve ser capaz de pagá-la, de ter acesso aos serviços". Moss também destacou a necessidade de alcançar uma parceria público privada para a realização da agenda energética e para se avançar rumo a uma integração energética regional, que é uma questão pendente na América Latina e um dos seus grandes desafios.
Já o diretor Nacional de Energia do Uruguai, Ramón Méndez, falou sobre a riqueza energética da América Latina. "A América Latina é extremamente rica em energia, mas o desafio é poder usar essa riqueza em benefício dos nossos povos", declarou. "Para isso, a integração energética é fundamental e para que se concretize se necessitam políticas públicas adequadas e o trabalho conjunto entre os atores públicos e privados".
O estudo apresentado inclui um diagnóstico do estado atual do setor energético região, assim como a identificação dos desafios e das oportunidades em energia a partir de uma visão da América Latina para o mundo. Em sua elaboração levaram-se em conta os estudos realizados tanto pelas organizações participantes como por outras instituições de referência no assunto. O enfoque utilizado foi integral e sistêmico, contemplando não apenas o equilíbrio entre a oferta e a demanda de energia dos países da região, mas também todos os elementos ligados aos aspectos econômicos, sociais, ambientais, tecnológicos e institucionais que são necessários considerar na hora de identificar áreas, ações e tarefas, e construir uma Agenda Energética de trabalho entre as instituições envolvidas para a América Latina e o Caribe.
O relatório completo pode ser descarregado aqui