Brasil lidera estratégia em educação financeira
Em 2010, por decreto presidencial, estabeleceu-se uma estratégia nacional que visa capacitar às classes médias financeiramente com o objetivo de educá-las como investidoras
Capacitar financeiramente às classes médias ao educa-las como investidores foi um dos propósitos traçados em 2010 na estratégia nacional que o Brasil estabeleceu, por decreto presidencial, devido ao crescimento econômico e aos baixos níveis de conhecimentos financeiros, segundo apresenta o documento "A educação financeira na América Latina e no Caribe. Situação atual e perspectivas", da série Políticas Públicas e Transformação Produtiva".
Entre as políticas desta iniciativa, em que participaram representantes dos setores público e privado, destaca-se a educação financeira através do setor educativo formal.
O programa-piloto foi desenvolvido em 891 escolas de seis estados. Durante a execução, reuniram-se cerca de 26 mil estudantes com o objetivo de testar a eficácia do programa de educação financeira e do currículo antes de sua implementação a nível nacional.
O esquema também avaliou a oferta de educação financeira através de uma abordagem integral, na qual se incorporaram estudos de casos de educação financeira em disciplinas como matemática, idiomas ou literatura, ciência e tecnologia, e outras disciplinas.
O plano de ação definiu os objetivos da estratégia em três níveis: informação, instrução e orientação, com base na definição de educação financeira da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
As pesquisas realizadas revelaram que uma parcela significativa da população brasileira não tinha a experiência necessária para tratar adequadamente das suas finanças pessoais e tinha baixos níveis de poupança e investimento em comparação com o consumo. Isto determinou a execução de um programa de educação financeira com ênfase na gestão financeira pessoal e no impacto das ações individuais sobre a economia.