CAF e CEPRODIH apresentam a linha de produtos da marca HALO
Com o objetivo de dar sustentabilidade ao trabalho de um grupo de mulheres em condição de vulnerabilidade e como parte de um acordo entre o CAF e o CEPRODIH, realizou-se a apresentação da nova marca HALO e do catálogo de produtos de mulheres empreendedoras feitos com suas próprias mãos, mas com a qualidade e o desenho que os consumidores exigem.
(Montevidéu, 24 de outubro de 2013). O CAF - banco de desenvolvimento da América Latina - e o CEPRODIH (Centro de Promoção pela Dignidade Humana) realizaram o lançamento da nova marca HALO e do catálogo de produtos de um empreendimento organizado por um grupo de mulheres em condição de vulnerabilidade, como parte de um acordo de cooperação técnica assinado entre o CAF e o CEPRODIH. Este acordo tem como objetivo dar sustentabilidade ao trabalho que o CEPRODIH executa para melhorar as condições de vida das mães e crianças em situação de risco ou desamparo.
"Apostou-se pelo desenvolvimento de um modelo de negócios alternativo que, utilizando as estratégias empresariais mais básicas e modernas, permitiu que estas empreendedoras oferecessem produtos feitos com suas próprias mãos, mas com qualidade e o desenho que os consumidores - individuais ou empresariais - exigem", observou Gladis Genua, diretora representante do CAF no Uruguai. "O projeto teve como objetivo dar sustentabilidade e deixar uma marca".
Por este motivo, a boliviana Gabriela Flores foi convidada para participar a fim de transmitir a esse grupo de mulheres com uma experiência de sucesso que desenvolveu artesãos na Bolívia, os quais, utilizando materiais reciclados, conseguiram criar uma estrutura produtiva, uma imagem, uma marca e produtos qualidade. O apoio dado ao CEPRODIH como parte do projeto foi a criação de um modelo de negócio adaptado à realidade das capacidades produtivas do grupo, às habilidades manuais das mulheres empreendedoras e ao mercado uruguaio.
Adriana Abraão, coordenadora do CEPRODIH, explicou que a marca escolhida "HALO" responde ao fato de que os produtos oferecidos por este grupo de mulheres tem uma "auréola (halo) especial" que vai além do produto em si, ao incorporar valores como solidariedade, transparência, desejo de superação e confiança em si mesmas. As cores associadas com a marca são baseadas no conceito de água, relacionadas com a transparência e a fluidez.
"Quero destacar a importância dos negócios inclusivos, uma ferramenta que envolve a incorporação ao mercado de trabalho de pessoas que vivem em contextos de vulnerabilidade social", disse a coordenadora. "O principal objetivo é apoiar a mulheres da base da pirâmide econômica na formação de microempreendimentos produtivos próprios ou associativos, estimulando o caráter empreendedor e a geração de rendas econômicas dignas".
Abraham afirmou que o CEPRODIH já tinha esses programas. "Mas, através do apoio do CAF e da consultoria contratada pela instituição, foi possível organizar e concentrar os esforços, gerando coisas básicas porém desconhecidas para estas mulheres como um manual da marca, um manual de procedimentos, fichas técnicas dos produtos e catálogos e processos padronizados", explicou.
Os produtos elaborados por essas mulheres são fabricados, em sua maioria, com materiais reciclados e incluem linhas de produtos para viageiros e corporações, como bolsas de praia, malas para computadores portáteis e tablets, nécessaires, viseiras, pastas para documentos, embalagens, etiquetas para bagagem, lancheiras e estojos dentais.
"Este programa nos permite obter meios para nosso próprio progresso", disse Carmen Teodoro, uma beneficiária do projeto. "Os negócios não apenas nos dão a possibilidade de trabalhar como também de nos associar, de melhorar e de fortalecer a nossa autoestima através da integração da população excluída, permitindo algo muito difícil para nós, como foi chegar ao mercado", declarou, por sua vez, Miriam Flores, também uma beneficiária do programa.
O evento, realizado na sede do CEPRODIH, contou com a participação de autoridades de ambas as instituições e representantes do Ministério do Turismo, do INEFOP (Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional para o Setor Privado), da Prefeitura de Montevidéu, da DINAPYME (Direção Nacional de Artesanato, Pequenas e Médias Empresas) e das empresas que tradicionalmente apoiam gestão do CEPRODIH.