300 milhões de pessoas conectadas a redes de água potável
A ampliação das coberturas de acesso a redes de água potável e saneamento na América Latina cresceu nas últimas décadas.
Em média, a cobertura de água potável na região passou de 40% da
população urbana em 1950 para mais de 90% em 2008,
embora os níveis de cobertura de acesso sejam altos, a condição dos
serviços prestados nos domicílios é baixa em qualidade e em
continuidade.
O documento "Igualdade e Inclusão Social na América Latina: acesso
universal à água e ao saneamento" afirma que, há 60 anos,
mais de 300 milhões de habitantes urbanos estavam
conectados às redes de água potável e mais de 200 milhões
às redes de esgoto sanitário.
Embora os níveis de cobertura de acesso às redes de água
potável e saneamento sejam altos, a condição dos serviços
prestados nos domicílios é baixa tanto em qualidade sanitária da
água como na continuidade dos serviços sete dias por semana, 24
horas dia. O tratamento das águas residuais é deficiente
porque menos de 30% recebe algum tipo de tratamento. A
isso se somam as necessidades significativas de infraestrutura de
drenagem urbana e de gestão dos recursos hídricos.
Em média, mais de 40% da água tratada se infiltra em
fendas das tubulações ou por mau funcionamento dos
equipamentos. Nos domicílios, a eficiência no acesso à
água e ao saneamento se vê afetada pela falta de medidores, tarifas
que não estimulam um consumo mesurado e erros de medição, segundo
informam as empresas prestadoras.