As Políticas de Transformação Produtiva devem ser Componentes Essenciais do Desenvolvimento Urbano para obter Avanços em Igualdade
Networking Event: "Transformação Produtiva e Igualdade na Ásia, África e América Latina"
(Medellín, 10 de abril de 2014). Especialistas internacionais em análise e elaboração de políticas de transformação produtiva na Ásia, África e América Latina reuniram-se durante o VII Fórum Urbano Mundial, onde apresentaram resultados preliminares do estudo realizado pelo CAF - banco de desenvolvimento da América Latina-; UN Habitat e UN ESCAP, o qual analisa os casos de Lima e Quito, na América Latina; de Dile e Ho Chi Minh, na Ásia; e da Cidade do Cabo e de Nairobi, na África.
"Atualmente, as cidades exigem mais atenção às aglomerações econômicas como centro de atividade privada que deve promover empresas de competitividade global", afirmou o diretor representante do CAF na Colômbia, L. Víctor Traverso, durante o debate Políticas de Transformação Produtiva na África, Ásia e América Latina.
Por sua vez, Marco Kamiya, especialista em Políticas Públicas e Competitividade do CAF, referiu-se aos casos de Quito e Lima, na América Latina.
"Cada vez mais os governos da região estão incorporando apoio ao setor privado e à política setorial para o planejamento urbano de suas cidades a fim de que sejam motores de crescimento e igualdade", declarou Kamiya. "A transformação produtiva permite avanços em gênero, oferece empregos e incentiva os pequenos negócios ao promover empreendimentos, e isso melhora a igualdade das cidades".
Como moderador do debate, Gulelat Kebede, diretor do Departamento de Economia Urbana da UN Habitat, afirmou que a dimensão produtiva é essencial para obter-se cidades sustentáveis, tanto do ponto de vista de empresas produtivas como para melhorar os rendimentos dos governos sociais ao ser sede de empresas que produzem e exportam.
Finalmente, Ivan Turok, professor da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, apresentou os casos da Cidade do Cabo e de Nairobi, capital do Quênia, e observou que as políticas de transformação produtivas são díspares na África, mas existe cada vez mais um interesse em programas Nacional de Desenvolvimento Urbano (NDU), que dispõem as bases de uma intervenção integrada nas cidades em médio e longo prazo.
O evento também contou com a participação como comentaristas de Andrés Almeida, diretor da América Economia Intelligence; Horacio Terraza, coordenador do Programa de Cidades Sustentáveis do Banco Interamericano de Desenvolvimento; e Brian Roberts, assessor do Banco Asiático de Desenvolvimento e Diretor do Land Equity Institute da Austrália, entre outros.