O objetivo é reduzir a brecha digital
Mais de 350 representantes públicos e privados do setor de telecomunicações da região participaram do CRT2014 a fim de debater os desafios que a América Latina enfrenta para aumentar a conectividade entre os usuários
O segundo Congresso Regional de Telecomunicações (CRT) 2014, realizado recentemente no Panamá, tornou-se um ponto de encontro entre governos, reguladores, empresas, mundo acadêmico e entidades internacionais para o debate das políticas púbicas de desenvolvimento digital na América Latina.
Esta reunião, organizada pelo segundo ano pela Associação Ibero-americanade Centros de PesquisaeEmpresas de Telecomunicações(AHCIET), pela Associação deOperadores Móveis GSMA Latin America, e pelo CAF -banco de desenvolvimento da América Latina-, com a colaboração da União Internacional de Telecomunicações(UIT), do Registro de Endereços de Internetpara a América Latina e o Caribe (LACNIC), da Internet Society (ISOC) e da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), teve novamente o Governo do Panamá como anfitrião, representado pela Autoridade Nacional de Serviços Públicos do Panamá (ASEP).
As diversas palestras do Congresso concordaram que a prioridade é conseguir reduzir a brecha digital que existe na região. Neste sentido, o secretário-geral da AHCIET, Pablo Bello, enfatizou a necessidade de aprofundar as políticas públicas e estabelecer uma agenda de trabalho que incentivo o diálogo público-privado para atender ao objetivo principal da região: os residentes que não estão conectados à banda larga.
"Vivemos uma revolução tecnológica sem precedentes com taxas de penetração de redes sem fio superiores a 100%, onde 1 em cada 3 lares da região está conectado à banda larga e os preços dos serviços de telecomunicações caíram significativamente 25% desde 2010", explicou Bello. "As velocidades de conexão mais do que dobraram nos últimos quatro anos até alcançar uma media de 3 Mbps".
No entanto, Bello afirmou que apesar dos importantes avanços dos últimos anos, a metade dos latino-americanos não usa a Internet. "Um bom trabalho foi feito, mas devemos redobrar os esforços para acabar com a brecha digital", concluiu o especialista.