O Estado, principal interessado na educação para o trabalho
A AVEC, o Instituto Jesus Obrero, o CERPE e o CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- unem-se para apresentar e debater a situação da formação técnica e trabalhista na Venezuela, tendo como referência a análise de experiências nacionais e latino-americanas
É necessário promover a formação para o trabalho e a educação técnica como política de Estado, com o objetivo de melhorar a competitividade e o desenvolvimento do país. Constatou-se uma relação positiva entre o investimento em capital humano e o crescimento econômico. Novas habilidades e competências dos recursos humanos resultam em uma melhoria da produtividade e, com isso, aumenta a competitividade das empresas até impactar o nível macroeconômico.
Para incentivar esta iniciativa é necessário alocar recursos para equipar as instituições educativas e manter a infraestrutura.Deste modo, favorece-se a formação de um capital humano que atenda às exigências de competitividade da região, por exemplo, na criação de produtos inovadores com maior valor agregado ou que contribuam em processos mais complexos na transformação desses produtos.
Estas foram algumas das conclusões do seminário "A Formação Técnica para o Trabalho na Venezuela", que contou com a participação de cerca de 100 representantes de mais de 19 organizações e instituições públicas e privadas do país ligadas à formação de aprendizes, técnicos e universitários e com atenção aos jovens sem escolaridade.
O evento contou com a presença da diretora nacional de Escolas Técnicas do Ministério do Poder Popular para a Educação e sua equipe de trabalho, assim como representantes de universidades públicas e privadas comprometidas com a formação de professores para o ensino técnico. Os convidados internacionais foram Alfonso Prada, diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem (SENA) da Colômbia e, representando o CAF, a especialista Diana Mejía.
Da experiência internacional apresentada no seminário, os participantes destacaram a importância do trabalho articulado entre o Estado (ministérios e empresas), empresas privadas, universidades, instituições de ensino técnico e outros.