Apenas 1% da América Latina e do Caribe está preparado para a Internet das Coisas
O crescimento da Internet levou ao esgotamento virtual de endereços de IPv4. A implantação da versão IPv6 representa a única alternativa para que a rede das redes possa continuar se desenvolvendo de uma maneira segura e estável.
O CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina- e o LACNIC, realizaram o primeiro estudo sobre o tema na região, denominado "A implantação do IPv6 para o desenvolvimento socioeconômico da América Latina e do Caribe". A pesquisa adverte que a América Latina tem uma implantação muito baixa do IPv6. Apenas quatro países apresentam tráfego superior a 1% (Bolívia, Brasil, Equador e Peru), o que deveria mudar substancialmente para garantir o desenvolvimento da Internet de qualidade.
O dado encorajador é que 30% das organizações de Internet na região estudam implantar o IPv6 em 2016.
A importância da versão IPv6 é que apenas os serviços dentro deste protocolo cumprem com as condições que o desenvolvimento da Internet das Coisas (IoT) exige, e permitem a ampliação da Internet aos dispositivos dos usuários, aos sistemas e a praticamente qualquer coisa que se beneficie da conectividade de rede.
A pesquisa, -que durante 10 meses reuniu dados dos 33 países da América Latina e do Caribe que são membros do LACNIC, e das melhores práticas no mundo- mostra pela primeira vez os indicadores sobre a implantação do IPv6 em 33 países da região, indicadores parciais da cadeia de valor da Internet e uma análise do impacto econômico. O relatório também desenvolve um modelo econômico para os ISPs e as recomendações de implantação para os governos, universidades, empresas e outras partes interessadas.
A apresentação do estudo será realizada na Casa da Internet da América Latina e do Caribe, em Montevidéu, a partir das 8:30, na quinta-feira, dia 3 de março.