CAF apoia 729 microempresários com créditos gerenciados através de financiamento coletivo

Em outubro de 2014, o CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- assinou um acordo de cooperação técnica com a organização Kiva para apoiar sua plataforma de financiamento coletivo com o objetivo de atender às necessidades de financiamento dos microempresários da América Latina.

O financiamento coletivo, também conhecido comocrowdfunding, consiste na coleta coletiva de recursos para financiar iniciativas promovidas por indivíduos ou instituições, envolvendo, geralmente, o uso da Internet. Esta modalidade tem sido utilizada para o financiamento de filmes, campanhas políticas e obras sociais, ou até mesmo para realizar empréstimos, que é a especialização da Kiva.

Durante a vigência do acordo, as pessoas de qualquer país que estejam interessadas ​​em financiar -sem fins lucrativos- pequenos empresários e empreendedores em situação socioeconômica vulnerável podem fazê-lo através do site da Kiva.

Como parte do acordo, o CAF liberou USD 90.000 para duplicar a quantia dos empréstimos aprovados em quatro países dos países acionistas do banco, totalizando, no final, um total de USD 180.000.

Os resultados mais destacados da operação foram: 

• Dos USD 90.000 dólares desembolsados, USD 89.774 foram pagos, o que representa uma taxa de perda de apenas 0,25%.
• O crédito médio foi menor do que o previsto (USD 247 vs. USD 500) e foi possível apoiar 729 microempresários, 300 a mais do que o esperado, de quatro países através de nove instituições microfinanceiras. Estes recursos foram direcionados para 10 setores econômicos diferentes, com uma maior concentração em alimentação e comércio.
• Em termos de gênero, 93,83% dos empréstimos foram concedidos a mulheres.

Esta operação demonstrou que as instituições microfinanceiras que fazem parte da plataforma da KIVA são capazes de desenvolver portfólios com uma excelente qualidade de crédito, ao mesmo tempo em que são capazes de atender os microempresários mais carentes, o que reafirma uma vez mais que os microempresários são dignos de crédito.