América Latina: rumo à diversificação energética
Líderes da indústria energética e de governos se reuniram na 25ª Conferência La Jolla Energy, realizada em San Diego, Estados Unidos, para facilitar o diálogo para a formulação de políticas energéticas e incentivar o desenvolvimento econômico.
Durante a conferência, organizada pelo Instituto das Américas, destacou-se a dependência que os países da América Latina têm pela geração energética com base em fontes hidrológicas, a qual representa um desafio frente às transformações que o regime hídrico latino-americano atravessa devidos às mudanças climáticas. As secas e as chuvas tornam-se mais intensas, afetando a segurança energética nesses países de maneira considerável.
O fórum destacou que a integração energética pode servir como um mecanismo de mitigação de riscos, pois se possibilitam intercâmbios de energia segundo a oportunidade, seja porque se utiliza o excesso de água de um país para cobrir o déficit de outro, ou porque se permite, de alguma maneira, obter uma ampla diversificação das fontes primárias utilizadas para atender à demanda.
Hamilton Moss, vice-presidente de Energia do CAF, destacou a necessidade que existe para o hemisfério ocidental, especialmente para a América Latina e o Caribe, a implantação do Acordo de Paris, onde a ampliação do investimento em energias renováveis é fundamental.
Um dos principais obstáculos, segundo Moss, é a questão do financiamento, onde os governos e as corporações globais se comprometeram com milhões para o Fundo Climático Global, que serão direcionadas para as regiões mais vulneráveis como a América Latina, na qual as multilaterais e os bancos de desenvolvimento, como o CAF, desempenham um papel fundamental como intermediários financeiros para a promoção da região.