Novos passos para a redução da pegada de carbono e da pegada hídrica de Guayaquil
No último dia 19 de maio, os resultados do Programa foram apresentados. Entre os dados mais relevantes se destacou que o setor com a maior contribuição para as emissões de gases de efeito estufa é o de transporte com 39% e que as águas residuais, que são geradas em 72% pelo setor residencial, não cumprem com as exigências de tratamento da legislação em vigor e chegam aos rios, impactando negativamente no aumento da pegada hídrica de Guayaquil.
Justamente por isso, como parte do evento e como uma das ações mais importantes, Bernardo Requena, diretor-representante do CAF no Equador, assinou um acordo de Cooperação Técnica com a Empresa de Água Potável e Esgoto de Guayaquil (EMAPAG) para a conservação da bacia do Rio Daule, que tem 245 quilômetros de extensão e é uma importante fonte para o abastecimento de água da cidade, que já conta com mais de quatro milhões de pessoas, aproximadamente 28% da população do Equador, e de vários municípios vizinhos.
Este acordo permitirá identificar as áreas mais importantes de conservação, estabelecer monitoramentos e montar uma carteira de projetos para melhorar a qualidade da água e reduzir a pegada hídrica de Guayaquil. Além disso, é compatível com a Estratégia Ambiental Institucional do CAF e com o Programa Estratégico de Biodiversidade implantado pela Unidade de Negócios Verdes da Direção de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas.
Em seu discurso, Requena destacou o papel catalisador deste tipo de contribuições para que outras agências e organizações internacionais possam se unir a iniciativas municipais de redução de pegadas, conservação e adaptação às mudanças climáticas. Ressaltou também que, desde 2015, o CAF é a agência executora do Green Climate Fund (GCF), do Global Environmental Facility (GEF), e do Fundo de Adaptação, o que vai atrair novos recursos para o país, reforçando, assim, o papel catalítico do CAF.
Durante o evento também se observou que as cidades emitem mais de 70% dos gases de efeito estufa (GEE) a nível mundial e que a América Latina é a região com a maior taxa de crescimento urbano do planeta, sendo que se prevê que, em 2050, nove de cada 10 habitantes viverão em cidades.