12 medidas para melhorar a eficiência energética na Argentina
Fazer um uso mais eficiente da energia é a maior contribuição que os países podem fazer para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, como assegura a Agência Internacional de Energia, que prevê que 49% das contribuições para mitigar as mudanças climáticas até 2030 virão da implantação de programas de eficiência energética.
O maior desafio que os promotores da eficiência energética enfrentam é a desunião dos intervenientes. Todos nós consumimos energia, portanto, cada um de nós toma decisões de consumo e de investimento de energia. Desde o tipo de lâmpada ou de refrigerador que temos em casa, até o tipo de motor que se compra para a frota de veículos de uma empresa. Por isso, aumentar a eficiência energética implica uma substituição em massa dos equipamentos.
Para contribuir com a melhoria do esforço das intervenções que promovem a eficiência energética na Argentina, o CAF realizou um estudo para identificar os subsetores e as medidas estratégicas que devem ser realizadas nesse país, devido à sua realidade econômica. Este estudo teve como foco iniciativas privadas que podem florescer nos subsetores comerciais e industriais.
Foram priorizadas, em ordem de viabilidade, 12 medidas estratégicas para melhorar a eficiência energética na Argentina:
- Substituição de lâmpadas dehalogênio por lâmpadas LED.
- Substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas CFL de baixo consumo.
- Substituição de ventiladores em cabines de refrigeração ou motores por mais eficientes nos sistemas de refrigeração comercial.
- Implantação da norma ISO 500001, que inclui a implantação de sistemas de gestão de energia por parte das indústrias, relacionados com processos energo-intensivos e com o aquecimento de embarcações e edifícios.
- Instalação de dispositivos para controlar a velocidade giratória de motores industriais.
- Isolamento de tubulações industriais para preservar a temperatura.
- Substituição de sistemas de fornecimento ininterrupto de energia (UPS) para equipamentos de nova geração.
- Substituição de caldeiras de gasóleo por bombas de ar ou de água para a aclimatação (aquecimento ou resfriamento)
- Instalação de compressores eficientes para refrigeração de leite nas fábricas de produtos lácteos.
- Troca dos equipamentos existentes de ar condicionado por outros de alta eficiência.
- Instalação de fornos eficientes para a fundição de aço em indústrias de fabricação de ferramentas.
- Troca de caldeiras industriais.
Para cada medida se estimou o investimento total necessário e a potencial economia energética da execução da mesma. A Argentina necessitaria até USD 22 bilhões, o que geraria uma economia superior aos 13 MM de TEP/ano (TEP: tonelada equivalente de petróleo).