Panamá espera se posicionar entre os países com o maior número de patentes tecnológicas do mundo
O CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina- e a Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SENACYT) encerraram a primeira edição do programa de inovação tecnológica patenteável e de geração de pedidos de patentes via internacional que, durante seis dias, reuniu 104 pessoas, entre estudantes universitários, professores, pesquisadores e profissionais de empresas do setor privado, sendo que estes apresentaram 136 conceitos patenteáveis, 32 a mais do que o previsto no início do encontro.
Estes foram os resultados da aplicação do denominado "Método CAF para Desenvolvimento Acelerado de Patentes Tecnológicas", cujo principal objetivo, através de oficinas intensivas para o desenvolvimento de patentes, é aumentar a capacidade de geração de mais pedidos de patentes nacionais no Panamá, através da DIGERPI, e pedidos internacionais de patente através do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT por sua sigla em inglês), para sua posterior comercialização.
Nestas sessões, os participantes recebem treinamento na busca da arte prévia para determinar se uma ideia é patenteável, para desenvolver e fortalecer a capacidade institucional e empresarial na conceituação acelerada de tecnologias inovadoras e na elaboração de pedidos de patentes para os mercados internacionais.
Os 136 conceitos patenteáveis iniciarão o processo de registro nacional e internacional com o objetivo de que o Panamá se torne um país que exporta alta tecnologia e possa receber rendas regulares por meio dos royalties derivados dessas criações. Para isso, a SENACYT, através da Direção de Inovação Empresarial, destinará B/.800.000.00 para financiar o trâmite completo desses conceitos patenteáveis durante os próximos meses.
"Para conceituar só é necessário sonhar", explicou Álvaro Atilano, coordenador do Programa da Iniciativa Regional de Patentes do CAF. "Colocar uma ideia no papel toma alguns minutos, procurar a arte prévia (saber se a ideia é nova) leva horas, e o processo de conceituação pode durar apenas um dia", continuou. "É necessário desmistificar o tema de patentes e criar novos mercados que permitam que o Panamá comercialize suas invenções globalmente e possa gerar renda significativa para a economia nacional".
O Dr. Jorge A. Motta, secretário nacional da SENACYT, falou sobre a iniciativa. "Esta primeira edição do programa conjunto entre o CAF e a SENACYT em inovação tecnológica patenteável quebrou o mito de que temos limitações em nossa capacidade de gerar ideias inovadoras", disse Motta. "Nós podemos, como país, ter ideias com potencial de comercialização e estes pedidos de patente são os verdadeiros "Papéis do Panamá" e devemos ficar orgulhosos", prosseguiu. "A SENACYT alocou fundos para financiar o registro dos pedidos de patentes criadas durante esta oficina, e eu gostaria agradecer ao CAF, especialmente ao engenheiro Atilano, pelo incentivo que proporcionou aos programas de inovação tecnológica patenteável no Panamá".
Por sua vez, Susana Pinilla, diretora-representante do CAF no Panamá, comentou sobre os resultados. "Os resultados deste primeiro evento são muito encorajadores já que superaram as nossas estimativas mais otimistas com 32 conceitos patenteáveis a mais que o esperado", declarou Pinilla. "Pelas nossas características, o Panamá deve ter como objetivo se tornar nos próximos dois anos um dos países com o maior número de patentes tecnológicas por milhão de habitantes", continuou. "Hoje, esses 136 conceitos patenteáveis junto com os 82 que foram criados entre fevereiro e maio de 2016, durante oficinas desenvolvidas pelo CAF em conjunto com a Universidade Tecnológica do Panamá, poderia colocar o Panamá em curto prazo na primeira posição na Ibero-américa na geração de patentes tecnológicas".