Prêmios América Latina Verde, uma aposta para a mudança
Com a presença de mais de 800 especialistas em meio ambiente, autoridades nacionais e internacionais, representantes de finanças verdes e gerentes de casos, realizou-se a terceira edição dos Prêmios América Latina Verde, iniciativa apoiada pelo CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina-, e que se consolida como o maior evento da região que reúne e premia os melhores projetos sociais e ambientais do continente.
O evento, presidido pelo prefeito de Guayaquil, Jaime Nebot, contou com a presença de Bernardo Requena, diretor-representante do CAF no Equador; Ligia Castro, diretora corporativa de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do CAF; Diego Zorrilla, coordenador-residente da ONU no Equador; Gustavo Manrique, presidente do Comitê Organizador dos Prêmios América Latina Verde, entre outras autoridades.
Durante a cerimônia de abertura, o prefeito de Guayaquil destacou a importância de incluir a empresa privada nas questões ambientais ao mencionar que é o verdadeiro motor do desenvolvimento para as cidades; também declarou que tanto as pessoas físicas como jurídicas devem entender a necessidade de se envolver em projetos que cuidem do meio ambiente e proporcionem uma economia e um desenvolvimento sustentável.
Por sua vez, Bernardo Requena, em nome do CAF, afirmou que a instituição acredita firmemente no desenvolvimento sustentável através da preservação do meio ambiente e do investimento em questões ambientais; também mencionou que todos os projetos do CAF cumprem com normas ambientais e sociais, o que tem sido parte do crescimento bem-sucedido do banco. Além disso, disse que os Prêmios América Latina Verde estão em linha com os dois pilares do CAF: a integração regional, já que foram apresentados mais de 1.400 casos de 25 países, que foram compartilhados e analisados por representantes dos países presentes, com grandes possibilidades para serem repetidos e ampliados, e o desenvolvimento sustentável que não pode ser concebido sem a inclusão das questões ambientais.
A edição 2016 dos Prêmios América Latina Verde recebeu um total de 1.407 casos inscritos, dos quais os 500 melhores foram selecionados e, posteriormente, três finalistas para cada categoria. Um júri de alto nível composto por Ligia Castro, do CAF; Hugo Arnal, do WWF; José Zaglul, da Earth Univesity; Rebeca Arias, do PNUD; e Fernando Álvarez, da Associação Latino-americana de Industriais, foram os responsáveis pela seleção dos vencedores por categoria através da avaliação de cinco critérios: aplicabilidade do projeto, impacto ambiental, impacto social, impacto financeiro e proposta inovadora.
Desta maneira, na categoria Água, o vencedor foi o projeto colombianoVajillas Corona; na categoria Biodiversidade e Fauna, o prêmio foi paraPlantss, do Chile; e na categoria Florestas, o primeiro lugar ficou com o projeto equatorianoRestaurando Bosque Secona floresta de proteção Cerro Blanco. Já na categoria Desenvolvimento Humano, o prêmio foi para o projeto chilenoNewen Maqui; em Emissões venceuWheels, da Colômbia; em Energia, Costa Rica ganhou o prêmio com o projeto100% Operación, com energia fotovoltaica autogerada de Nalakalú Solutions; em Gestão Urbana, o primeiro lugar foi para o Peru com o projeto da nova sede corporativa do Banco de la Nación; e em Resíduos, venceu o projetoTapas para Sanar, da Fundação Sanar Crianças com Câncer.
Na categoria Finanças Sustentáveis, promovida pelo CAF e que visa reconhecer as instituições financeiras que incentivam a internalização, avaliação e gestão dos riscos ambientais e sociais dentro do processo de crédito e investimentos no setor financeiro, o vencedor foi o Banco Bradesco do Brasil, cuja iniciativa permitiu que as comunidades mais remotas (o banco atende em 5.500 municípios) acessem os benefícios bancários sem necessidade de viagens longas e caras. Além disso, apoia a conservação e o gerenciamento sustentável de recursos naturais através de atividades produtivas que dinamizam a economia local.
Durante os Prêmios América Latina Verde também foi realizado um Fórum de Financiamento Verde, que reuniu -no mesmo lugar- representantes dos fundos internacionais mais reconhecidos, a fim de explicar os mecanismos de captação de recursos para projetos. Além disso, ocorreu o III Encontro de Encarregados Ambientais de Províncias, Estados e Regiões da América Latina e do Caribe, evento que congregou representantes ambientais de governos seccionais para intercambiar experiências depois da COP21.