A América Latina precisa se integrar e promover o seu crescimento
Em um evento de alto nível organizado pela OCDE, pelo BID e pelo Ministério da Economia e das Finanças da França, Luis Carranza, presidente-executivo do CAF, afirmou que a América Latina deve apostar na integração e agregar valor aos produtos que exporta para, dessa forma, estimular o seu crescimento econômico.
Uma das principais conclusões do Fórum Econômico Internacional da América Latina e do Caribe, realizado em Paris, em 9 de junho, é que, nos últimos anos, a América Latina não tem conseguido promover uma integração suficiente que lhe permita competir com as economias mais avançadas.
"Houve importantes progressos no que diz respeito às integrações física e energética, mas ainda há muito potencial a ser explorado. O desenvolvimento de infraestruturas e a promoção da integração são dois elementos-chave para reduzir a pobreza e promover o crescimento da América Latina", disse Luis Carranza, presidente-executivo do CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina.
Carranza acrescentou que a região precisa de um grande pacto para o crescimento inclusivo de longo prazo e que este, inevitavelmente, deve priorizar investimentos em infraestruturas, uma vez que já está provado que este é um elemento essencial para o desenvolvimento dos países. Nesse sentido, fez um chamado para um diálogo mais estreito entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, a fim de promover uma integração efetiva.
Entre os participantes do evento, destacamos: Pedro Pablo Kuczynski, presidente do Peru; Jimmy Morales, presidente da Guatemala; Bruno Le Maire, Ministro da Economia da França; Ángel Gurría, Secretário-Geral da OCDE; Luis Alberto Moreno, presidente do BID; Rebeca Grynspan, Secretária-Geral do SEGIB, bem como outras personalidades dos setores público e privado da região.
O Fórum Econômico Internacional da América Latina e do Caribe examina anualmente as perspectivas macroeconômicas e os principais desafios e oportunidades para o desenvolvimento econômico do continente. Na sua nona edição, discutiram o impacto de novas políticas econômicas e comerciais no âmbito global, no desenvolvimento dos países da América Latina e do Caribe, a importância de retomar o processo de integração regional e investir em formação e capacitação dos jovens da região por meio do empreendedorismo juvenil.