CAF promove modelos urbanos onde os cidadãos são os verdadeiros protagonistas
O CAF apresentou no Congresso Internacional de Urbanismo e Mobilidade de Buenos Aires algumas das suas iniciativas para promover o desenvolvimento social e produtivo das cidades latino-americanas. Entre elas destacam-se o apoio financeiro para o projeto "Paseo del Bajo" em Buenos Aires e a iniciativa regional "Cidades com Futuro".
No âmbito do Congresso Internacional de Urbanismo e Mobilidade de Buenos Aires, o CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina - expôs diferentes iniciativas que estão mostrando-se eficazes para conseguir um desenvolvimento urbano integral que beneficie a todos os cidadãos, impulsione a produtividade e gere uma maior inclusão social.
"O bem-estar dos cidadãos deve estar no centro das políticas públicas desenvolvidas para melhorar o desenvolvimento econômico e social das cidades. Por isso, estamos à frente de diferentes iniciativas nacionais e regionais com uma visão territorial, que contemplam intervenções abrangentes encaminhadas para o desenvolvimento sustentável", disse Andrés Rugeles, diretor representante do CAF na Argentina, durante um dos painéis do evento.
Um dos exemplos mais ilustrativos neste sentido é o projeto "Paseo del Bajo" de Buenos Aires, no qual o CAF participa através do financiamento de US$ 400 milhões (60% dos recursos necessários) e que consiste na separação modal do transporte leve e de carga entre o centro da cidade e o bairro de Puerto Madero, com a finalidade de reduzir os custos de logística associados ao comércio exterior, reduzir as emissões de gases e a poluição sonora, e melhorar a segurança viária. Além disso, disse o Diretor Representante, o projeto criará 60.000 metros quadrados de novos espaços verdes e construirá ciclovias para estimular a recreação e a mobilidade sustentável na área.
"Cidades com Futuro" é outra das iniciativas que o CAF está implementando em diferentes cidades latino-americanas, e que considera os vínculos que os seres humanos estabelecem com as dimensões sociais, econômicas, ambientais e espaciais que existem em uma cidade. O projeto também visa fornecer às autoridades locais conhecimento prático e financiamento necessário para construir cidades inclusivas, produtivas e resistentes. Para ressaltar a relevância desse programa, Andrés Rugeles salientou que, atualmente, oito em cada 10 latino-americanos vivem em cidades, e 65% do PIB da região origina-se nas cidades.
Rugeles também ressaltou que, nos últimos cinco anos, o CAF tem financiado mais de US$ 7 bilhões em mais de 25 cidades da América Latina em projetos de mobilidade e transporte, água e saneamento, regeneração urbana, inovação e empreendedorismo, segurança ao cidadão, meio ambiente, educação e formação, ciclovias, energia e gestão de resíduos.
O evento também contou com a participação do especialista em mobilidade e transporte do CAF, Nicolás Estupiñán, o qual, em seu discurso, afirmou que é importante gerar mudanças de paradigmas na mobilidade urbana, para atribuir mais eficientemente as capacidades ociosas que temos nas grandes cidades como Buenos Aires. Contamos com infraestrutura, veículos e dados, mas temos que explorá-los da melhor maneira para gerar os incentivos adequados que permitam construir a cidade que queremos.
"Contamos com infraestrutura, veículos e dados, mas temos que explorá-los da melhor maneira para gerar os incentivos adequados que permitam construir a cidade que queremos", indicou Estupiñán.
Na parte da manhã, Pablo López, especialista da Vice-presidência de Desenvolvimento Social do CAF, falará no painel "Organismos internacionais e integração social" sobre a importância de que a gestão urbana inclua no centro da agenda a construção de cidades inclusivas, e as ações que podem ser abordadas a partir desta escala para alcançar esse objetivo.