Diversificação, modernização e integração, os desafios para fortalecer o comércio entre América Latina e China
No âmbito do seminário "China no cenário global: desafios e oportunidades para a América Latina", o CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- destacou a importância de desenvolver setores como o da agricultura e de alimentos com maior valor agregado, assim como de avançar com respeito às cadeias globais de valor, serviços e logística, para atender à crescente demanda chinesa.
A China continuará sendo um motor de crescimento global nos próximos anos, apesar da moderação de sua taxa de crescimento. Para aproveitar essa oportunidade e ampliar o leque de produtos oferecidos para além das matérias-primas, a América Latina e o Caribe (ALC) devem investir mais na capacitação e nas habilidades de seu capital humano, em inovação nas políticas de desenvolvimento produtivo e no aprofundamento dos fluxos financeiros destinados à integração regional e infraestrutura.
Esses são alguns dos desafios apontados por Pablo Sanguinetti, diretor-corporativo de Análise Econômica e Conhecimento para o Desenvolvimento do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- na palestra especial proferida por ele no seminário "China no cenário global: desafios e oportunidades para a América Latina", realizado hoje na Cidade do México.
“É necessária uma maior diversificação econômica, trabalhar na modernização do tecido produtivo e na integração com as cadeias globais de valor, tanto internacionais como regionais, para expandir os fluxos comerciais com a China. Devemos promover novas políticas de desenvolvimento produtivo para ascender nas cadeias globais de valor e desenvolver serviços e logística; bem como potencializar os setores da agricultura e de alimentos com maior valor agregado”, explicou Sanguinetti.
O executivo do CAF acrescentou que para a consolidação de uma estratégia regional para a China as plataformas regionais devem ser melhor utilizadas, aproveitando o investimento chinês para reduzir lacunas de infraestrutura e também avançar nos marcos regulatórios.
Por fim, Sanguenetti ressaltou o apoio do CAF à Rede ALC-China para impulsionar a pesquisa e o diálogo entre essas duas regiões, com o intuito de criar propostas de políticas públicas que favoreçam os governos. “Somos uma instituição que promove alianças para o conhecimento, a geração de sinergias e o intercâmbio de experiências e melhores práticas entre a China e América Latina”, concluiu.