Plano de conservação do Rio Daule, importante componente de resiliência, mitigação e adaptação às mudanças climáticas
O principal objetivo do Plano de Conservação da Bacia do Rio Daule é melhorar a qualidade de vida das populações e criar consciência ambiental em torno da conservação dos recursos hídricos.
Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das populações da Bacia do Rio Daule e criar consciência ambiental em relação à conservação dos recursos hídricos, a Empresa Municipal de Água e Esgoto de Guayaquil (EMAPAG EP) vem promovendo, desde 2017, um Plano de Conservação da Bacia do Rio Daule, ao longo dos 255 quilômetros deste corpo d'água, que é a principal fonte de captação de água para os habitantes da cidade de Buenos Aires.
O projeto faz parte das ações propostas pelo município para reduzir a pegada hídrica da cidade, que foi calculada em 2016 no âmbito do Programa Huella de Ciudades (Pegada das Cidades) promovido pelo CAF e que procura medir a pegada de carbono e a pegada hídrica das principais cidades da América Latina, o que constitui o primeiro passo para implementar ações para reduzir tais pegadas.
Neste contexto e durante o desenvolvimento da quinta oficina do Plano de Conservação da Bacia do Rio Daule, Bernardo Requena, diretor-representante do CAF no Equador, disse que alguns componentes do Plano poderiam canalizar recursos para a formação de uma gestão adequada da bacia do rio Daule que complementem outros investimentos já realizados no local, como projetos de saneamento ambiental em vários GADs, por meio do Banco de Desenvolvimento do Equador com seu Programa PROMADEC e algumas atividades produtivas por meio do BanEcuador, CFN ou CONAFIPs, para que cheguem às PMEs, MPMEs nas questões agropecuárias e florestais, melhorando suas práticas ambientais, evitando a deterioração dos ecossistemas remanescentes e aumentando a resiliência das populações que vivem na bacia.
Segundo José Santos, gerente da Emapag, é necessário unir os esforços para a saúde do Daule e de sua população (mais de 4,5 milhões de pessoas se instalam em sua bacia). E, visando a essa finalidade, explicou que o plano de recuperação apresentado poderia ser aplicado em três fases: até 2020, 2025 até 2030. Ele também se referiu à importância do Fundo da Água, uma iniciativa que reúne diferentes atores da sociedade que contribuem com sua experiência para a conservação e desenvolvimento de políticas sustentáveis.
Os componentes do Plano de Conservação envolvem a proteção de ecossistemas naturais ou seminaturais que oferecem serviços de produção e conservação de água e que complementam, aprimoram ou substituem aqueles fornecidos por obras de infraestrutura cinza. Os estudos e projetos do Plano foram realizados pela Universidade Católica de Santiago de Guayaquil com o apoio financeiro do CAF.
Os principais componentes deste Plano de Conservação da bacia do Daule são: melhoria e controle contínuo da qualidade da água do rio, reflorestamento e arboricultura tropical, controle de erosão e sedimentos, recuperação de mata ciliar na zona de proteção de rios, estabilização de encostas de rios e aplicação de boas práticas agropecuárias.
A execução do Plano de Conservação foi elaborada para atingir a meta estabelecida nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS); principalmente o ODS de Nº 6, relacionado a Água e Saneamento, em relação à gestão integral dos recursos hídricos até 2030.
O Plano de Conservação da bacia do rio Daule será uma contribuição de orientação para que todos os GADs estabelecidos na bacia, em termos de província, cidade e bairro, bem como entidades do setor público com competências diretas específicas na bacia, empresas privadas e organizações que integradas ao Fundo da Água como protagonistas, desenvolvam de forma coordenada as ações propostas e, dessa maneira, comprometam esforços para o uso adequado, manejo e conservação dos recursos hídricos que visem ao bem-estar da população.