CAF destina recursos para o desenvolvimento de infraestrutura nos países da Aliança do Pacífico
A Aliança do Pacífico (AP) realiza sua XIII Cúpula de Presidentes na cidade de Puerto Vallarta, estado de Jalisco, no México. O CAF -banco de desenvolvimento da América Latina, está otimista com relação a esta união e a vê como uma opção pragmática de integração econômica e comercial da região.
A Aliança do Pacífico é uma das plataformas de integração mais importantes do mundo, pois permite que os países negociem acordos bilaterais fora do bloco, promovendo, de maneira inédita, um acompanhamento ativo do setor privado, além de aumentar os padrões de competitividade dos países por meio do intercâmbio de conhecimento e de boas práticas internacionais.
O apoio do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- à Aliança do Pacífico está voltado para vários pontos estratégicos. O primeiro, e talvez um dos que mais merecem destaque, é fazer contribuições para o fundo de infraestrutura proposto pelos membros da Aliança, a fim de viabilizar investimentos no setor, nos quatro países, permitindo-lhes explorar eficientemente as vantagens decorrentes deste esquema de integração. Neste contexto, o CAF disponibilizará toda a sua experiência acumulada no assunto e, em especial, sua nova proposta de articular a integração estrutural da região por meio do desenvolvimento de corredores logísticos para a produtividade.
O acompanhamento do CAF também é voltado para a gestão institucional, oferecendo apoio para a obtenção de um arranjo institucional que atenda às crescentes demandas de coordenação da AP. Uma necessidade adicional do grupo de nações se refere à gestão da cooperação extra-bloco, no sentido de conceitualizar uma metodologia para avaliar, priorizar e canalizar os recursos de cooperação oferecidos por 53 países observadores.
Em uma de suas intervenções nos fóruns da Cúpula, o secretário-geral do CAF, Víctor Rico, declarou que “o CAF tem o alto compromisso de contribuir para a Aliança do Pacífico e seus estados membros. Creio que, com relação à atual situação, em que os benefícios da globalização são colocados em dúvida, a Aliança é suficientemente inovadora e flexível para desempenhar um papel chave na harmonização das distintas formas de cooperação, complementação e coordenação”, salientou Rico.
A participação do CAF nesta parceria está voltada para a integração como veículo para o crescimento econômico e para a melhora do bem-estar da região. É uma abordagem pragmática com foco nas necessidades identificadas na área, com a participação de múltiplos atores e intervenções destinadas a desbloquear os gargalos, de modo a permitir maior fluidez e cooperação entre os países, para o desenvolvimento da produção e das cadeias de valor.
A importância dessa Aliança reside no fortalecimento da presença da América Latina nos mercados globais, uma vez que concentra cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina e Caribe, 57% de seu comércio e 38% da captação de investimento estrangeiro direto. Por este motivo, o CAF se propôs, entre outros objetivos, a desempenhar o papel de facilitador nessa aposta de integração que, a cada dia, conquista mais interessados, como é o caso do Equador e da Coreia do Sul.