Universidade panamenha, única na região dentro do top 50 dos requerentes de patentes PCT no mundo
Entre as universidades que constam na lista das 50 principais neste ano, 24 estão localizadas nos Estados Unidos, 23 na Ásia, 4 na Europa e 1 na América Latina.
A Universidade Tecnológica do Panamá (UTP) é a primeira universidade ibero-americana integrante do ranking dos 50 requerentes de patentes por meio do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), conforme indicado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual em seu relatório Patent Cooperation Treaty Yearly Review 2018.
O top 50 das universidades requerentes de patentes por meio do PCT sempre esteve formado, desde a sua criação, por instituições de ensino de países que dominam os índices de competitividade e inovação como os Estados Unidos, China, Reino Unido, Japão e Israel; isto significa que a inclusão do Panamá representa um marco para a UTP, por ser a única representante de um país de renda média em fazer parte de um seleto grupo de universidades desenvolvedoras de inovação tecnológica, tendo em vista a internacionalização em nível mundial.
Desde o ano de 2016, o CAF — banco de desenvolvimento da América Latina — envidou esforços com a UTP, com o objetivo de transformá-la em uma universidade de referência na região na área de inovação tecnológica. Para alcançar este objetivo, foi identificada a necessidade de realizar programas de capacitação voltados para alunos, professores, diretores e área administrativa sobre a questão das patentes, a fim de criar uma cultura de inovação tecnológica em todas as áreas da Universidade e arraigá-la em seu DNA. Nesse sentido, foram realizados dois workshops utilizando o Método CAF para Desenvolvimento Acelerado de Patentes, cujos resultados foram a elaboração de 52 conceitos tecnológicos apresentados via PCT no ano de 2016.
“No CAF, promovemos o desenvolvimento em inovação tecnológica para definir estratégias e programas que permitam empoderar os panamenhos e ser líderes em nível regional na área. Um dos nossos principais objetivos é reduzir a brecha tecnológica que nos separa radicalmente de países asiáticos e europeus, e com este relatório podemos ver os primeiros resultados de nossos esforços. Nossa meta é replicar a experiência da UTP nas demais entidades públicas e privadas, e assim posicionar o Panamá entre os 10 países desenvolvedores de patentes tecnológicas em nível mundial”, detalhou Susana Pinilla, diretora representante do CAF no Panamá.
Além disso, o Eng. Hector M. Montemayor A., Reitor da Universidade Tecnológica do Panamá, indicou que “A UTP tem o compromisso de promover a gestão da inovação no país para gerar impactos em outras regiões do mundo e assim continuar desenvolvendo tecnologias a partir do conhecimento e criatividade de nossos recursos humanos. Nossa próxima meta é levar estas tecnologias para os mercados e para isso nossa instituição definiu estratégias em termos de transferência e comercialização de tecnologias que permitam posicionar o Panamá como um país exportador de tecnologias”.
Nos próximos anos, esperamos que esses resultados continuem; a UTP se manteve como uma das principais instituições geradoras de tecnologias na região, sendo beneficiada por programas realizados pelo CAF e pela Secretaria Nacional de Ciência e Tecnologia do Panamá, que promovem a elaboração de patentes internacionais provenientes do Panamá.