22ª Conferência CAF abre o debate sobre os desafios da América Latina em um ambiente global mutável
As relações com a China, o crescimento sustentável e a produtividade, como escapar da armadilha dos rendimentos médios, o cenário político regional em ano eleitoral e os desafios do século XXI para a liberdade de imprensa são alguns dos temas que serão abordados no principal fórum de debate sobre as tendências políticas, econômicas e sociais na América Latina e Caribe, que será realizado nos dias 5 e 6 de setembro no museu Newseum em Washington, D.C.
Mais de mil líderes se reunirão na 22ª Conferência CAF para dialogar sobre as novas perspectivas de comércio e investimento entre a China e a América Latina; o que a região deve fazer para alcançar um crescimento sustentado; como acabar com a brecha produtiva; pensar na política além do curto prazo a fim de entrar em um acordo sobre o desenvolvimento sustentável; os desafios do século XXI para a liberdade de imprensa; e as eleições e os desdobramentos políticos na América Latina com foco no Brasil, na Colômbia, no México, no Paraguai e na Venezuela.
A conferência, organizada pelo CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- em conjunto com o Diálogo Interamericano e a Organização dos Estados Americanos (OEA), será realizada nos dias 5 e 6 de setembro no museu Newseum em Washington D.C. Todos os anos, líderes políticos de destaque, gestores de organizações internacionais, acadêmicos, analistas e jornalistas renomados abordam as questões mais relevantes para a região em nível mundial.
Entre os palestrantes destacam-se Luis Carranza, presidente-executivo do CAF; Luis Almagro, secretário-geral da OEA; e Michael Shifter, presidente do Diálogo Interamericano, que realizarão a abertura do encontro que será seguido por um debate sobre os desafios do século XXI para liberdade de imprensa integrado por Marty Baron, editor do jornal The Washington Post; Carlos Dada, diretor-fundador do jornal El Faro (El Salvador); Roberto Pombo Holguín, diretor do jornal El Tiempo (Colômbia); e Carlos Reymundo Roberts, editor do jornal La Nación (Argentina); o debate será moderado por Catalina Botero, reitora da faculdade de Direito da Universidade de Los Andes (Colômbia).
As relações entre a China e a América Latina diante das novas perspectivas para o comércio e investimento, influenciadas pelas políticas dos Estados Unidos também serão foco de debate de Rogers Valencia, ministro do Comércio Exterior e Turismo do Peru; Dulcidio De La Guardia, ex-ministro da Fazenda do Panamá; Tatiana Rosito, membro sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI); Kevin Gallagher, diretor da Global Economic Governance Initiative da Universidade de Boston; Álvaro Mendez, codiretor da Global South Unit da London School of Economics; o debate será moderado por Isabel Hilton, editora da China Dialogue.
Especialistas do mundo sobre o financiamento do desenvolvimento irão abordar na quinta-feira os desafios da América Latina para que o retorno do crescimento seja mais sustentável. Com a moderação de Rebeca Grynspan, da Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), irão participar: Alicia Bárcena, secretária-executiva da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL); Dyogo Henrique De Oliveira, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Jorge Familiar, vice-presidente para a América Latina e Caribe do Banco Mundial; Miguel Castilla, gerente-geral e diretor de Desenvolvimento Estratégico do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); e Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O diálogo continuará com um tema central para o desenvolvimento e bem-estar da população: como escapar da armadilha dos rendimentos médios e acabar com brecha produtiva, com a participação de Santiago Levy, vice-presidente de Setores e Conhecimento do BID; Arturo Condo, presidente da EARTH University; Mariana Costa, fundadora e presidente da Laboratoria; e José Juan Haro, diretor de Políticas Públicas para a América Latina da Telefônica; o diálogo será moderado por Gonzalo Chávez, economista da Universidade Católica de La Paz (Bolívia).
Outro desafio da América Latina, como o de pensar na política além do curto prazo e chegar a um acordo sobre crescimento sustentável, será abordado em um painel com a participação deUrenna Best, diretora-geral da Secretaria Nacional para o Desenvolvimento dos Afro-Panamenhos (SENADAP); Luis Ernesto Gómez, ex-vice-ministro do Interior da Colômbia; Juan Maquieyra, presidente do Instituto da Habitação Pública de Buenos Aires (Argentina); e Hernán Larraín, presidente do partido político EVOPOLI (Chile), e moderado por Andrea Bernal, jornalista do NTN24.
A 22ª Conferência Anual CAF encerrará com um tema transcendental: eleições e desdobramentos políticos na América Latina com foco no Brasil, Colômbia, México, Paraguai e Venezuela. Esse debate será liderado por Michael Shifter, presidente do Diálogo Interamericano, junto com Luis Bareiro, jornalista do jornal Última Hora (Paraguai); Monica de Bolle, diretora de Estudos Latino-americanos e Mercados Emergentes do SAIS; Mónica Pachón, reitora da Escola de Ciências Políticas, Governo e Relações Internacionais da Universidade de Rosário (Colômbia); Michael Penfold, professor do IESA (Venezuela) e Jesus Silva-Herzog Márquez , professor do Tecnológico de Monterrey (México).
A 22ª Conferência Anual CAF poderá ser acompanhada ao vivo e comentada com a hashtag #DiálogoCAF2018.