CAF levanta 4 desafios para a América Latina em sua 22ª Conferência Anual
A consolidação fiscal, a produtividade, o fortalecimento da democracia e os direitos umanos marcaram o início da 22ª Conferência Anual CAF, durante a qual também foram debatidos os desafios para a liberdade de imprensa no século XXI e as novas perspectivas para o comércio e investimentos entre China e América Latina.
O debate sobre os avanços e desafios das relações econômicas e políticas globais com a América Latina marcou o início da 22ª Conferência Anual CAF, que acontece em Washington (EUA). Os desafios para melhorar o bem-estar da população e promover um crescimento sustentável, o fortalecimento da democracia e os direitos humanos também foram temas debatidos no evento.
“Nesta conferência, queremos levantar quatro desafios fundamentais para o desenvolvimento da América Latina: devemos ter a consolidação fiscal na região de tal maneira que a dívida pública seja sustentável ao longo do tempo; temos que ver como podemos aproveitar ao máximo a relação com a China para promover o crescimento de largo prazo; também vislumbramos o desafio institucional de melhorar a transparência para evitar casos de corrupção – e nesse sentido a liberdade de imprensa tem um papel central; e, por fim, refletir sobre a baixa produtividade na região, que envolve alcançar consensos políticos fundamentais para fomentar o crescimento, o investimento e a produtividade”, afirmou Luis Carranza, presidente executivo do CAF durante a abertura do encontro, junto a Luis Almagro, secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) e de Michael Shifter, presidente do Diálogo Interamericano.
A primeira sessão da Conferência CAF tratou dos desafios do século XXI para a liberdade de imprensa, com valiosas contribuições de Marty Baron, editor do jornal The Washington Post; Carlos Dada, diretor e fundador do jornal El Faro (El Salvador); Roberto Pombo Holguín, diretor do periódico El Tiempo (Colômbia); e Carlos Reymundo Roberts, editor do jornal La Nación (Argentina). A moderação ficou a cargo de Catalina Botero, decana da Faculdade de Direito da Universidade de Los Andes (Colômbia).
Em seguida, se discutiu sobre as relações entre a China e América Latina frente às novas perspectivas para comércio e o investimento, influenciadas pelas políticas dos Estados Unidos. Parciparam Rogers Valencia, ministro de Comércio Exterior e Turismo do Peru; Dulcidio De La Guardia, ex-ministro de Finanças do Panamá; Tatiana Rosito, membro Senior do Centro Brasileiro de Relacões Internacionais (CEBRI); Kevin Gallagher, diretor da Global Economic Governance Initiative, da Universidade de Boston; Álvaro Mendez, co-diretor da Global South Unit, da London School of Economics; e Isabel Hilton, editora do China Dialogue.
Na jornada de amanhã (06 de setembro), representantes de governos, organizações internacionais e a sociedade civil, empresários, investidores, formuladores de políticas, analistas e jornalistas vão debater sobre as possíveis ações da região para alcançar um crescimento sustentável. Ainda, serão discutidas formas para estreitar a brecha da produtividade; pensar na política além do curto prazo para gerar consensos rumo a um desenvolvimento sustentável e as eleições e evoluções políticas na América latina com enfoque no Brasil, Colômbia, México, Paraguai e Venezuela.
A 22ª Conferência Anual CAF poderá ser seguida ao vivo, aqui e comentada com a hashtag #DiálogoCAF2018