Projeto de gestão territorial na Silsa recebe reconhecimento do CAF
A iniciativa de Plataformas de Gestão Territorial destacou-se entre 238 propostas de 14 países que participaram do 5º Concurso de Desenvolvimento Urbano do CAF – banco de desenvolvimento da América Latina.
A proposta “Plataformas de gestão territorial La Silsa” recebeu hoje o reconhecimento por estar no pódio, entre as 238 propostas provenientes de 14 países, recebidas pela quinta edição do Concurso de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social do CAF.
O projeto, que ficou em terceiro lugar, está focalizado em permitir fornecimento de instalações para espaços públicos em La Silsa. A intervenção reúne duas naves nas extremidades de um terreno, um centro comum que integra praças com folhagens tropicais e uma zona de proteção especial para culturas endêmicas. O primeiro pavilhão apresenta uma praça coberta, ao nível da rua, oferecendo um espaço flexível para assembleias culturais, oficinas e feiras. Sobre a praça se situa uma quadra de basquete e equipamentos esportivos. O segundo pavilhão abriga uma unidade de controle de energia, que inclui dispositivos de classificação de descartes sólidos e resíduos orgânicos, conectados a um projeto de canalização ordenada de águas servidas e eletricidade, uma torneira pública de água potável e um plano integral de paisagismo produtivo, implementando fitorregeneração e agricultura urbana.
O júri explicou que “Plataformas de gestão territorial La Silsa”, lideradas pelos consórcios Pico Colectivo e Aga-Estudio, é um projeto que surge das comunidades. Sua capacidade técnica/arquitetônica de reformular o significado da instituição pública é fora do comum e exalta o design associado à criação comunitária. O projeto deixa claro que não existe oposição entre o design arquitetônico-urbanístico e um envolvimento comunitário participativo; fica demonstrado, também, que os espaços isolados ou vazios podem comportar novas funções públicas necessárias em todas as cidades.
"As barreiras de acesso às oportunidades, bens e serviços, afetam a sustentabilidade econômica, social e ambiental das cidades latino-americanas. Neste sentido, o Concurso de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social do CAF visa reconhecer a importância das cidades como promotoras do desenvolvimento econômico e cultural da região, ao mesmo tempo em que aposta em promover o design de intervenções abrangentes, em favor de cidades mais inclusivas, conectadas, ambientalmente responsáveis e integradas espacial, econômica e socialmente", disse Julián Suárez Migliozzi, Vice-Presidente de Desenvolvimento Sustentável do CAF, durante o ato de reconhecimento aos vencedores.
O júri, composto por: Diana Giambiagi, arquiteta e mestre em Planejamento para o Desenvolvimento Urbano pela University College de Londres; Mayra Madriz, urbanista e mestre em Planejamento Comunitário e Regional e em Estudos da América Latina pela Universidad do Novo México; e Washington Fajardo, renomado arquiteto e urbanista, com ampla experiência na renovação urbana do patrimônio cultural, outorgaram o primeiro lugar à proposta “Urban 95 – Lima Norte” (Peru), e o segundo lugar a “Quito seguro”. "Bairros resilientes como estratégia de desenvolvimento sustentável para cidades latino-americanas" (Equador) e também foram outorgadas oito menções honrosas e três menções
O Concurso de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social faz parte da iniciativa Cidades com Futuro, do CAF, que promove um modelo de gestão urbana eficiente, focado na melhoria da acessibilidade (acesso aos bens, serviços de qualidade e oportunidades socioeconômicas, recreativas e culturais), a fim de contribuir para a melhoria da produtividade e da inclusão social, contemplando como eixos transversais a resiliência e a equidade de gênero nas cidades da América Latina.