A arte colonial latino-americana é a protagonista das comemorações de fim de ano na Galeria CAF

A proximidade das datas comemorativas de fim de ano oferece uma grande oportunidade para a exposição de obras de caráter religioso criadas por artistas do período colonial da região nos espaços da Galeria CAF. Este ano, o CAF - banco de desenvolvimento da América Latina - fez uma parceria com a Universidade Simón Bolívar e a Coleção Mercantil para expor uma seleção de pinturas e imagens que fazem parte de seus renomados acervos de arte colonial.

“Nesta exposição, que combina arte e história, queremos destacar o espírito de paz e coexistência expresso por meio de várias pinturas devocionais; além de ser um meio de reflexão, um símbolo de esperança e um ícone para a irmandade de nossa região”, afirmou Luis Carranza, presidente-executivo do CAF. 

A exposição “Arte Colonial da América Latina” é composta por mais de 30 pinturas e imagens em que a comunhão entre os homens é privilegiada, um sentimento típico desta época do ano. As obras correspondem também às origens da arte hispânica na América e coincidem com a formação inicial das nações deste continente; portanto, são um valioso testemunho do entusiasmo religioso de pintores e artesãos que comunicaram aos colonos um imaginário cheio de esperança e sentimento de reconciliação

“As obras expostas aqui mostram o fervor religioso dos habitantes de Colômbia, México, Peru e Venezuela, cujos artistas - quase anônimos - o expressavam com propósitos devocionais para a vida cotidiana de seus contemporâneos. Felizmente para nós, essas obras foram preservadas ao longo do tempo e, por sorte, nos aproximam de um passado em comum, contribuindo para o fortalecimento de nossos laços regionais”, declarou o reitor da Universidade Simón Bolívar, Enrique Planchart.

A curadora da exposição, Mariela Provenzali, também apontou que a América Hispânica foi um território propício ao desenvolvimento da pintura religiosa desde o século XVI, quando a colonização trouxe como desafio a evangelização de uma população que possuía suas próprias crenças e representações do divino. “Atualmente, continua existindo, em alguns lugares da América Latina, essa conexão dos tementes com imagens religiosas, com o mesmo sentido de buscar proteção contra as adversidades do nosso tempo. E apesar do sentido estético que hoje é dado à espiritualidade e suas figurações, há povos na região que mantiveram a devoção como caminho de esperança”, acrescentou.

A exposição “Arte Colonial da América Latina” será inaugurada no dia 1º de novembro, na Galeria CAF, localizada no térreo da torre CAF em Altamira, e poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, e aos domingos, das 11h às 15h.