Financiamento + inovação = produtividade na América Latina
Sistemas financeiros subdesenvolvidos atrasam as decisões de crescimento e reduzem a taxa de inovação, resultando em empresas menores, menos internacionalizadas e menos produtivas. Na Conferência “CAF: Produtividade e Inovação para o Desenvolvimento”, que acontecerá nos dias 7 e 8 de novembro, em Bogotá, na Colômbia, mais de 50 líderes de todo o mundo discutirão essa e outras questões relacionadas à promoção do desenvolvimento da região.
Os níveis de acesso ao crédito, as margens de intermediação e outras métricas, que fazem parte do Índice de Desenvolvimento Financeiro elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda apresentam baixo desempenho na maioria dos países latino-americanos. E isso resulta em empresas mais fracas participando das economias e na maior prevalência de empresas de pequeno porte, que são menos integradas aos mercados globais e apresentam capacidades mais reduzidas de inovação, o que explica, em parte, os baixos níveis de produtividade nesses países.
A América Latina precisa elaborar e implementar uma agenda de reformas institucionais focadas na produtividade. No caso do sistema financeiro, são necessários ajustes em alguns aspectos regulatórios, como processos de falência, que, no Brasil, por exemplo, impactaram de forma positiva o funcionamento do mercado de crédito. A inclusão e a educação financeiras são outros aspectos em que a região tem muito espaço para melhorar. Isso permitiria não só um aumento no número de usuários do sistema financeiro, mas também uma melhor utilização dos instrumentos disponíveis.
“Levando em conta os benefícios potenciais da inclusão e da educação financeira, instituições como o CAF estão promovendo programas para colaborar com a mensuração dos níveis de educação financeira, bem como com a implementação de programas que visam a aumentar a inclusão e as habilidades relacionadas nos países”, garantiu Luis Carranza, presidente-executivo da instituição.
O financiamento desempenha um papel fundamental nas decisões de crescimento e inovação das empresas, com impacto positivo na produtividade e na economia como um todo. Esse é um dos temas transversais a ser abordado na Conferência “CAF: Produtividade e Inovação para o Desenvolvimento”, que acontecerá nos dias 7 e 8 de novembro, em Bogotá, na Colômbia.
A Conferência contará com a participação de José Manuel Restrepo, ministro do Comércio, Indústria e Turismo da Colômbia; Jeffrey Kratz, gerente-geral para a América Latina, o Canadá e o Caribe da Amazon; Kyoo Sung Noh, presidente do Centro de Produtividade da Coreia; Federico Gutiérrez, prefeito de Medellín, Ric Gros, CEO da METS Ignited (Austrália); Dyogo de Oliveira, presidente do BNDES (Brasil); Sebastián Sichel, vice-presidente executivo da CORFO (Chile); Jorge López Lafuente, presidente do Grupo Jala (Bolívia); María Lorena Gutiérrez, presidente da Corficolombiana; Óscar Cabrera, presidente-executivo do BBVA Colômbia; Rocío Fonseca, gerente de Inovação da CORFO e ex-diretora-executiva da Start-up Chile; Fernando De Fuentes, presidente da Anima Estudios (México); a chef colombiana Leonor Espinosa, Luis Felipe López-Calva, diretor regional para a América Latina e o Caribe do PNUD; José Manuel Salazar, diretor regional para a América Latina e o Caribe da OIT; Carlos Heeren, diretor-executivo da Universidade de Engenharia e Tecnologia (UTEC, Peru); e Eduardo Levy, decano da Escola de Governança da Universidade Torcuato di Tella de Argentina; entre outros.
Clique aqui para obter mais informações e se inscrever gratuitamente na Conferência, que também poderá ser acompanhada ao vivo, em toda a região, e comentada com a hashtag #ProductividadCAF.
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