A oportunidade da China e da América Latina
O CAF promove relações com instituições portuguesas e participa da jornada de cooperação com a China organizada pelo IPDAL.
O representante na Europa do CAF - banco de desenvolvimento da América Latina -, José Antonio García Belaunde, visitou Portugal para reforçar laços com diferentes instituições financeiras e participar da jornada Portugal-China: Cooperação Trilateral no âmbito da Nova Rota da Seda.
O representante realizou reuniões de trabalho com Teresa Ribeiro, secretaria de Estado de Assuntos Externos e Cooperação, que manifestou o interesse de Portugal em aprofundar a relação de seu país com o CAF; com altos executivos da SOFID (Sociedade Financeira de Desenvolvimento), da qual o CAF é acionista; com membros do Gabinete de Planjeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GEPEARI), do Ministério das Finanças de Portugal, entidade que mostrou seu apoio ao CAF em outras missões; com executivos da Caixa Geral de Depósitos (CGD), banco público português com presença no Brasil, México e Venezuela; e com Hélder Rosalino, membro do Conselho de Administração do Banco de Portugal.
Também participou do fórum sobre cooperação trilateral no âmbito da Nova Rota da Seda.
Nesse fórum, García Belaunde deixou claro que "a China e a América Latina têm uma oportunidade única para fortalecer suas relações e estabelecer as bases para uma relação estruturada, profunda e de longo prazo em áreas estratégicas para o desenvolvimento". Isso porque, segundo o representante do CAF na Europa: "A expansão internacional da China está mudando o foco para o setor de serviços, o que representa grandes desafios para a região".
"A China se tornou um dos principais parceiros comerciais da região. De fato, para Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela, já é o primeiro ou segundo parceiro comercial", disse Belaunde. O crescimento exponencial dos investimentos chineses na América Latina e o intercâmbio comercial entre ambas as regiões fizeram com que, atualmente, "o país asiático conte com 2.000 empresas na região e que, nas últimas décadas, tenha criado mais de 1,8 milhão de postos de trabalho", conforme indicou o diretor do escritório do CAF na Europa, que também destacou as operações chinesas em matéria de financiamento.