Produtividade e institucionalidade: desafios para impulsionar o crescimento do Paraguai
Líderes governamentais, agências de classificação de risco, organizações internacionais, setor privado, academia e sociedade civil discutiram os desafios e oportunidades do Paraguai para a promoção de um maior e mais sustentável crescimento, que acelere a convergência e garanta o bem-estar da população, mantendo os sólidos fundamentos macroeconômicos das últimas décadas.
A consolidação da sustentabilidade macroeconômica, o desafio da produtividade, a institucionalidade e as capacidades do Estado foram os eixos centrais de discussão no Seminário CAF: Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento do Paraguai, no qual foram propostas reformas em várias frentes, que devem ser realizadas para uma inserção global inteligente, por meio de maior geração de valor agregado às exportações de bens primários, como alimentos e energia, entre outros.
Na abertura do encontro, o presidente-executivo do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina, Luis Carranza, destacou a importância de consolidar os fundamentos macroeconômicos para continuar melhorando a qualidade de vida da população e alcançar consenso político para promover um pacto pela produtividade, que impulsione o crescimento sustentável.
“Com este fórum, queremos refletir sobre como construir uma visão conjunta de longo prazo sobre os desafios do desenvolvimento e sobre os motores do crescimento econômico do Paraguai. Essa reflexão está centrada na busca de fórmulas que, juntamente com medidas de consolidação fiscal, contribuam para impulsionar a produtividade, criar infraestruturas de maior qualidade e alcançar instituições públicas mais eficientes”, afirmou Carranza.
Fortalecer a base tributária para aumentar os recursos fiscais que permitam melhorar a provisão de bens públicos e fechar as lacunas de infraestrutura; trabalhar na cadeia de valor do agronegócio, especialmente em termos de produção de alimentos; aprimorar o ambiente de negócios para atrair mais investimentos; fortalecer a institucionalidade, a transparência e a capacitação de funcionários públicos: esses foram alguns dos acordos firmados entre os líderes do governo, agências de classificação de risco, organizações internacionais, setor privado, academia e sociedade civil que participaram do Seminário.
Do debate promovido pelo CAF, com apoio do Ministério da Fazenda e do Banco Central do Paraguai, participaram especialistas internacionais, como Pablo Sanguinetti, vice-presidente de Conhecimento do CAF; Joel Branski, representante do CAF no Paraguai; Axel van Trotsenburg, vice-presidente para a América Latina e o Caribe do Banco Mundial; Marina Neves Biancalana, diretora associada da S&P; Douglas Elespe, CEO para a região sul da Fix SCR, afiliada da Fitch Ratings; Eduardo Engel, professor da Faculdade de Economia e Negócios da Universidade do Chile; Guillermo Perry, ex-ministro da Fazenda da Colômbia e professor da Faculdade de Economia da Universidade de los Andes; juntamente com autoridades como Benigno López, Ministro da Fazenda; José Cantero, presidente do Banco Central do Paraguai; Hugo Cáceres, ministro da Unidade de Gestão da Presidência da República; María Epifanía González, ministra-secretária executiva da Secretaria de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Bens (SEPRELAD); e empresários, como Gustavo Grobocopatel, presidente do Grupo Los Grobo; e Yan Speranza, presidente do Clube dos Executivos e da Fundação Moisés Bertoni.
O Seminário CAF: Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento do Paraguai ocorreu como parte da Aula Magna do Instituto do Banco Central do Paraguai, no âmbito das celebrações do 50º aniversário do CAF, que incluirão atividades acadêmicas, conferências e eventos nos países-membros da Instituição. Desde o início de suas atividades, em 1970, o CAF já aplicou mais de USD 175 bilhões na promoção do desenvolvimento sustentável e da integração regional.