O problema da América Latina chama-se baixa produtividade
O presidente-executivo do CAF acredita que a América Latina deve melhorar seus níveis de produtividade para competir com as principais economias do mundo e, para isso, precisa atrair mais investimentos estrangeiros e melhorar a eficiência das infraestruturas.
Durante a reunião das Empresas Multilatinas, realizada na Universidade Internacional Menéndez Pelayo (UIMP), em Santander, na Espanha, o presidente-executivo do CAF -Banco de desenvolvimento da América Latina, Luis Carranza, garantiu que a rota para uma América Latina mais próspera, inclusiva e competitiva é o aumento dos índices de produtividade.
Carranza deixou claro que "gostemos ou não, a realidade imperante é que, por massa crítica, a China será o jogador dominante nos próximos anos", e resumiu o problema da América Latina na baixa produtividade. "Independentemente de suas causas —infraestrutura, falta de adequação e desigualdade, entre outras— a foto da América Latina é de baixa produtividade. Em comparação com outras regiões, estamos estagnados desde a década de 1950 ", assegurou Carranza.
De acordo com o presidente-executivo do CAF, o que a região precisa agora é de um pacto político para a produtividade, sobre o qual já existem pilares fundamentais em áreas de infraestrutura e investimento estrangeiro e criação de um clima favorável para fazer negócios.
Em sua inauguração, o VI Encontro de Empresas Multilatinas contou com a participação de Josep Piqué, presidente da Fundação Ibero-americana Empresarial (FIE) e ex-ministro da Indústria, José Carlos García de Quevedo, presidente do ICO, Rebeca Grynspan, secretária-geral da Secretaria-Geral Ibero-americana, María Luz Morán, reitora da UIMP, e de Gema Igual, prefeita de Santander. A reunião se prolongará até sexta-feira, 19 de julho.
O VI Encontro de Empresas Multilatinas foi organizado pela Fundação Ibero-americana Empresarial (FIE), pela Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) e pela Secretaria de Estado para a Cooperação Internacional e para a Ibero-América (SECIPI).