Novo projeto para proteger os recursos hídricos dos impactos das mudanças climáticas
A iniciativa, de caráter regional, será implementada, primeiramente, no Lago de Tota, em Boyacá, na Colômbia, mas pode ser replicada em outras regiões do país.
Entendendo os desafios enfrentados pela América Latina no que tange aos recursos hídricos, surge, na Colômbia, o projeto de Adaptación a los Impactos del Cambio Climático en Recursos Hídricos en los Andes (AICCA) [Adaptação aos Impactos da Mudança Climática sobre os Recursos Hídricos nos Andes], que, no país, focará em melhorar a interdependência entre o setor agropecuário e os ciclos hidrológicos nas zonas andinas elevadas.
Para isso, buscará respostas abrangentes e mudanças transformadoras, trabalhando a partir de abordagens inclusivas, sistêmicas, contextualizadas e locais, que compreendam a importância da equidade de gênero.
A iniciativa, que se estende à Bolívia, ao Equador e ao Peru, começou a ser implementada em março de 2018, e terminará em junho de 2021, com um total investido de USD 67 milhões para fortalecer o uso e o cuidado dos recursos hídricos.
O projeto é coordenado pelo Fundo Mundial do Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), pelo CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- e Condesan. Na Colômbia, conta também com um convênio entre o Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam), o Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e a Corporação Autônoma Regional de Boyacá.
“A Colômbia é um dos países com maior potencial hídrico do mundo e este projeto representa uma boa oportunidade para concretizar medidas de preservação ambiental e favorecer os ecossistemas naturais e econômicos em diferentes áreas do país. O Lago de Tota oferece as condições ideais para gerar uma experiência de sucesso escalável”, afirmou o executivo principal de Negócios Verdes do CAF, Federico Vignatti.
Entre os impactos esperados está o benefício de 27 mil pessoas que incorporem ações de adaptação diante da Vulnerabilidade Climática e da Mudanças Climática, das quais 13.770 são mulheres.
Além disso, o projeto busca promover a transferência de inovações pertinentes, a capacitação dos principais atores locais, a melhoria da segurança hídrica relacionada, no caso do Lago Tota, com água potável para nove municípios, além de aspectos de fortalecimento institucional para a governança e melhoria de processos de articulação em nível local.