A Colômbia avança na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas

O anúncio foi feito durante o evento organizado pelo Fundo Adaptação, em parceria com o Fedesarrollo e o CAF -banco de desenvolvimento da América Latina. Nessa ocasião, foram apresentados os resultados do estudo e das lições aprendidas com base no trabalho realizado pelo próprio Fundo Adaptação.

Segundo o estudo, para desenvolver uma infraestrutura que realmente responda às necessidades de cada comunidade, seus aspectos culturais devem ser levados em consideração em relação a seus usos, costumes e tradições.

Da mesma forma, fica claro que o investimento realizado por meio de entidades como o Fundo Adaptação ajuda a diminuir o risco fiscal dos países pelo impacto produzido por desastres associados a fenômenos climáticos como El Niño ou La Niña. Em outras palavras, investir em projetos de resiliência e adaptação à mudança contribui para melhorar a qualidade de vida dos países e reduzir as possíveis perdas decorrentes de desastres, como o que aconteceu na Colômbia com o fenômeno La Niña em 2010-2011.

O estudo alerta ainda que é necessário que os componentes de infraestrutura tenham reativação econômica do território, elemento fundamental para a sustentabilidade dos projetos e o desenvolvimento produtivo das comunidades.

Igualmente, com as intervenções como as realizadas pelo Fundo Adaptação nas áreas rurais e remotas do país, há um aumento na percepção da presença do Estado e um fortalecimento dos laços interinstitucionais nas regiões.

As experiências apresentadas durante o evento são baseadas em dois projetos habitacionais executados pelo Fundo Adaptação: Urbanização de La Mojana Zona 2, em San Benito Abad (Sucre), e Siapana II, em Uribia (La Guajira). O projeto de transporte é a interconexão rodoviária Yatí-Bodega no departamento de Bolívar.

O fórum “Uma experiência do Fundo Adaptação para construir um país mais sustentável” também incluiu um painel do qual participaram especialistas em mudanças climáticas e infraestrutura adaptada, moderado por Ximena Cadena, vice-diretora do Fedesarrollo.