Presidentes da Argentina, Colômbia e Panamá, e temas de educação e pós-pandemia marcaram o primeiro dia da 25ª Conferência CAF
Organizada desde 1997 conjuntamente com o Diálogo Interamericano e a Organização dos Estados Americanos, a Conferência Anual do CAF é um dos principais encontros hemisféricos que permitem debater e analizar as grandes tendencias políticas, económicas e sociais na América Latina e Caribe. Esta edição semipresencial conta com 40 componentes. No primeiro dia se anunciou a criação do Prêmio Enrique Garcia de Liderança.
O 25º aniversário da Conferência Anual CAF coincide com um momento crucial para as Américas: os planos de vacinação, os efeitos da pandemia sobre a pobreza e a desigualdade, a reativação econômica, a educação e as mudanças climáticas, entre outras questões estruturais que requerem espaços de debate e construção de consensos. como a que o CAF, o Diálogo Interamericano e a OEA oferecem desde 1997.
Os comentários iniciais da reunião anual foram feitos por Sergio Díaz-Granados, presidente executivo do CAF; Luis Almagro, Secretário-Geral da OEA; Michael Shifter, presidente do Diálogo Interamericano; Laura Chinchilla, ex-presidente da Costa Rica e co-presidente da diretoria do Diálogo Interamericano; Enrique García, ex-presidente executivo do CAF; e Juan González, assistente especial do presidente e diretor sênior do NSC para o Hemisfério Ocidental na Casa Branca.
“Estamos nesta 25ª Conferência CAF passando por um ponto de inflexão histórico devido à Covid-19. As fraquezas de nossas sociedades e sistemas foram expostas nos últimos 19 meses e a desigualdade se aprofundou. Cabe a todos nós construir um novo normal que ofereça oportunidades em todos os níveis da sociedade. No CAF, temos como objetivo aumentar a nossa atividade na procura da reativação econômica e da melhoria dos indicadores sociais por meio da transformação verde de que depende a saúde do nosso planeta. Temos sido um dos principais agentes na reativação da América Latina e do Caribe na pandemia e continuaremos a sê-lo na pós-pandemia, reafirmando mais uma vez que somos o banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe ”, afirmou Sergio Díaz-Granados.
A discussão entre os presidentes das Repúblicas da Argentina, Colômbia e Panamá, moderada por Thomas A. Shannon Jr., ex-subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos e co-presidente da diretoria do Diálogo Interamericano, foi um espaço fecundo de intercâmbio de boas práticas e apontamento de desafios comuns para a promoção da reativação social e econômica, proteção do meio ambiente e da biodiversidade, entre outros.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, destacou a necessidade de fortalecer a solidariedade na região com iniciativas como a capitalização do CAF: “Hoje enfrentamos uma tripla crise: saúde, clima e dívida externa. Devemos entender que não haverá justiça ambiental sem justiça financeira e justiça social global. Este é o momento da solidariedade, que começa com a nossa própria região. Assim deve ser. Por isso, é auspicioso que o CAF, como banco de desenvolvimento regional, tenha se fixado no horizonte de ser uma instituição verde, empenhada em financiar cada vez mais políticas que ajudem a enfrentar as mudanças climáticas. A Argentina apoiará o CAF para que cumpra essa tarefa ampliando o horizonte de seu capital, promovendo o interesse de novos parceiros e também acompanhando um processo de diálogos em múltiplas direções.
O presidente da Colômbia, Iván Duque, abordou os desafios da mudança climática: “Depois da pandemia, o maior desafio para a humanidade é a crise climática, diante da qual a Colômbia tem atuado com determinação e compromisso moral. Vamos reduzir nossas emissões de gases de efeito estufa em 51% em 2030 e chegaremos a 2050 como um país neutro em carbono. Para isso, estamos promovendo a transição energética, a economia circular, a mobilidade elétrica, os três "Rs": Reduzir, Reutilizar e Reciclar com o apoio do setor privado e, o mais importante, construindo financiamentos verdes para atingir os objetivos por nós estabelecidos", declarou.
O presidente do Panamá, Laurentino Cortizo, destacou os avanços na vacinação e pediu para não se baixem os esforços para conter a pandemia: “Neste momento vacinamos a população-alvo com 76,5% com duas doses e há duas semanas iniciamos a terceira dose para pessoas a partir de 55 anos e com doenças crônicas. Essa é a saída para que as atividades econômicas comecem a se abrir, gerar empregos, aumentar o consumo e a demanda. Devemos estar muito atentos na região aos problemas de abastecimento que estamos vendo em todo o mundo, retomar os compromissos nas questões macroeconômicas, promover a transparência e lembrar que a pandemia ainda está em vigor, por isso devemos continuar com testes, testes e testes e não negligenciar o equipamento de rastreabilidade”, opinou.
El impacto de la pandemia en el sector educativo de América Latina y el Caribe en el corto y largo plazo junto con los desafíos de la implementación de la tecnología en las escuelas, y las reformas y oportunidades que el sistema educativo ha desarrollado en respuesta a la pandemia, fueron algunos de los temas abordados en el panel liderado por Claudia Uribe, directora de la Oficina Regional de Educación de la UNESCO para América Latina y el Caribe; Mariano Jabonero, secretario general de la Organización de Estados Iberoamericanos (OEI); María Victoria Angulo González, ministra de Educación de Colombia; Nyan Gadsby-Dolly, ministra de Educación de Trinidad y Tobago; María Brown Pérez, ministra de Educación de Ecuador; Leandro Folgar, presidente de Plan Ceibal en Uruguay; y Vicky Colbert, fundadora y directora ejecutiva de la Fundación Escuela Nueva-Volvamos la Gente.
O impacto da pandemia na área da educação na América Latina no curto e longo prazo, junto aos desafios de implementação da tecnologia nas escolas e as reformas e oportunidades que o sistema educacional tem desenvolvido em resposta à pandemia foram alguns dos temas abordados no painel liderado por Claudia Uribe, diretora do Escritório Regional de Educação da UNESCO para a América Latina e o Caribe. Também participaram Mariano Jabonero, Secretário-Geral da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI); María Victoria Angulo González, Ministra da Educação da Colômbia; Nyan Gadsby-Dolly, Ministro da Educação de Trinidad e Tobago; María Brown Pérez, Ministra da Educação do Equador; Leandro Folgar, presidente do Plan Ceibal no Uruguai; e Vicky Colbert, fundadora e diretora executiva da Fundación Escuela Nueva-Volvamos la Gente.
O panorama econômico da região após os efeitos da pandemia sobre questões estruturais como a formalidade e informalidade, o potencial de investimento e crescimento da região e as redes de segurança social e inclusão centraram as intervenções de Susana Malcorra, Assessora Sênior da Presidência do Instituto Empresa de Madri e ex-Ministra de Relações Exteriores do Governo da Argentina. Também participaram Alicia Bárcena, Secretária Executiva da CEPAL; Marie-Hélène Loiso, Diretora Geral Adjunta da Agência Francesa de Desenvolvimento; Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente para a região da América Latina e Caribe do Banco Mundial; Gustavo Béliz, Secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da Nação Argentina; e Alicia García Herrero, Economista-Chefe para a Ásia-Pacífico da Natixis.
O segundo dia da 25ª Conferência Anual CAF consistirá nas seguintes sessões: Uma década de ação para alcançar os ODS na América Latina e no Caribe; Agitações sociais e polarização política: desafios para a democracia na região; e, finalmente, Recuperação verde: como a mudança climática moldará o futuro do hemisfério ocidental.
Assista aqui a íntegra das discussões do primeiro dia da 25ª Conferência Anual CAF.